Uma grande ideia por si só não faz um ótimo aplicativo. Tão importante quanto uma grande ideia, o UX design, design com foco na experiência do usuário, do seu aplicativo móvel é igualmente importante para que ele obtenha sucesso.
…um aplicativo comum perde 77% de seus usuários ativos diários (do inglês, daily active users ou DAUs) nos primeiros 3 dias após a instalação.” — Andrew Chen
Para diminuir essa porcentagem, é preciso oferecer uma excelente experiência para o usuário de aplicativo móvel. Neste guia, você aprenderá os fundamentos para projetar um ótimo aplicativo móvel que deixe seus usuários felizes.
Mobile UX (experiência do usuário) refere-se à experiência subjetiva que um usuário tem ao usar um aplicativo móvel. Isso inclui as emoções positivas e negativas que ele tem quando usa um app.
É responsabilidade dos designers de UX criar um produto que seja agradável de usar e proporcione uma experiência relevante e significativa para o usuário. No design de UX móvel, é crucial considerar toda a jornada do cliente, incluindo interações, conteúdo e design de som.
A diferença entre UX e UI (interface do usuário) é importante, pois o design de UX engloba muito mais do que apenas os elementos gráficos da interface do usuário. O design da experiência do usuário de aplicativo móvel vai além da representação gráfica, e considera emoções, objetivos e desafios dos usuários.
O objetivo dos designers de UX para aplicativos móveis é projetar a experiência que os usuários têm antes, durante e depois de usar o aplicativo. Um bom design de UX móvel deve ser útil, utilizável, desejável, localizável, acessível e confiável, conforme descrito no diagrama de experiência do usuário de Peter Morville:
Útil: O sistema deve atender aos desejos e necessidades dos usuários.
Utilizável: O sistema deve ser o mais fácil e intuitivo possível.
Desejável: O estilo do sistema deve despertar emoções positivas e de valorização. Os usuários devem querer usar seu sistema.
Localizável: Navegar pelo sistema deve ser fácil e intuitivo. Além disso, os usuários devem encontrar informações importantes rapidamente.
Acessível: Pessoas com deficiência, por exemplo, usuários com dificuldades sérias de visão, devem conseguir usar seu sistema e obter a mesma experiência que os usuários sem deficiência.
Confiável: os usuários devem confiar em você e em seu produto.
Para oferecer a melhor experiência possível aos seus usuários, você deve conhecer as diferenças entre o UX design para desktop e para aplicativo móvel, e deve saber que os princípios utilizados para cada um são diferentes.
Desktop: Computadores são grandes. É possível colocar muitas informações em uma página, e ela ainda ficar bonita e organizada.
Smartphone: Se você resolvesse encolher seu site para o tamanho normal de um dispositivo móvel que varia entre 10 e 12 cm sem alterar nada, ficaria horrível e confundiria seus usuários.
Atenção: decida quais informações são importantes o suficiente para serem incluídas no design de smartphone. Se algo não precisa estar lá, não coloque ou coloque em um menu ou em outra página.
Além disso, devido ao tamanho maior da tela dos desktops, o conteúdo pode ser organizado em várias colunas próximas umas das outras. Mas para um ótimo design de UX móvel, o conteúdo deve ser estruturado em apenas uma coluna. Assim, os usuários rolam para baixo para ver todo o conteúdo.
O replay de sessão é uma ferramenta valiosa que permite que você veja como seu aplicativo móvel funciona em diferentes tamanhos e configurações de dispositivos. Ao assistir a gravações de sessões de usuários, você entende melhor como eles interagem com seu aplicativo e identifica pontos problemáticos ou áreas de melhoria.
Esse recurso pode ser particularmente útil para identificar problemas específicos de dispositivos móveis, como conteúdo muito pequeno para ler ou botões muito próximos uns dos outros, o que dificulta o uso com precisão em uma tela sensível ao toque. Com o replay de sessão da UXCam, você descobre como ajustar seu design de UX móvel para garantir que os usuários tenham uma experiência perfeita e agradável, independentemente do dispositivo que estejam usando.
Desktop: São sempre usados na horizontal, e os usuários não podem alterar essa orientação.
Smartphone: Em dispositivos móveis, os usuários têm a opção de alterar a orientação da tela, se quiserem. 94% dos usuários usam seu smartphone verticalmente, enquanto 6% preferem usá-lo horizontalmente.
Os designers devem levar isso em consideração ao criar interfaces móveis. O modo retrato é normalmente mais adequado para tarefas que envolvem leitura e rolagem, enquanto o modo paisagem é mais adequado para tarefas que envolvem assistir a vídeos ou jogar jogos.
Também devem ter em mente que os usuários podem alternar entre orientações, dependendo da tarefa que estão realizando. Por exemplo, um usuário pode alternar para o modo paisagem para assistir a um vídeo e, em seguida, voltar para o modo retrato para ler um artigo.
Para atender a essas diferentes demandas, os designers devem garantir que o layout e o design da interface se adaptem perfeitamente às diferentes orientações da tela. Isso significa que o layout deve ser projetado para funcionar bem no modo retrato e paisagem, e que os elementos de design devem ser otimizados para ambas as orientações.
Use mapas de calor para rastrear as mudanças no comportamento com base na orientação da tela. Por exemplo, um mapa de calor pode mostrar que um botão colocado na parte inferior da tela está recebendo mais atenção no modo paisagem do que no modo retrato. Essas informações podem ajudar os designers a tomar decisões conscientes sobre como otimizar o layout e o design para diferentes orientações.
Os heatmaps ou mapas de calor da UXCam também podem ser usados para rastrear o comportamento do usuário ao longo do tempo. Esse recurso ajuda os designers a entender como os usuários interagem com a interface ao longo do tempo e pode auxiliar na identificação de quaisquer alterações no comportamento que possam estar relacionadas a mudanças na orientação da tela.
Os designers de UX devem levar em conta o fato de que muitos usuários preferem usar seus telefones celulares usando um polegar.
Isso significa que os designers devem estar atentos ao tamanho da tela ao projetar para dispositivos móveis. Quanto maior o tamanho da tela, menos pontos podem ser confortavelmente alcançados com um polegar. Dessa forma, ao projetar uma tela grande, é importante ficar atento à colocação de elementos e botões para garantir que eles sejam facilmente acessíveis ao uso com apenas uma mão.
Atenção: Para garantir que o aplicativo móvel ou site seja facilmente acessível para uso com uma mão, os designers podem usar técnicas como:
Colocar elementos e botões importantes ao alcance do polegar, evitando colocá-los na parte superior ou inferior da tela, pois são áreas de difícil acesso do polegar.
Utilizar a navegação baseada em gestos para minimizar a necessidade de alcançar os botões.
Certificar-se de que o layout seja consistente em diferentes tamanhos de tela.
Ao levar esses fatores em conta, os designers podem criar interfaces móveis que são confortáveis e fáceis de usar para a maioria dos usuários, independentemente do tamanho da tela.
Novamente, os mapas de calor podem ser uma ferramenta valiosa para analisar o comportamento do usuário em diferentes tamanhos de tela. Por exemplo, eles podem mostrar como os usuários interagem com a interface em telas pequenas, como as dos smartphones, em comparação com telas maiores, como as dos tablets.
Um heatmap pode mostrar que um botão colocado na parte inferior da tela está recebendo muita atenção em um smartphone, mas não está recebendo atenção suficiente em um tablet. Essas informações podem ajudar os designers a tomar decisões conscientes sobre como otimizar o layout e o design para diferentes tamanhos de tela.
Use os heatmaps para aplicativos móveis da UXCam gratuitamente.
Desktop: Um teclado e um mouse são os dispositivos de entrada mais comuns para desktops. Às vezes, você encontrará desktops com uma tela sensível ao toque, mas, mesmo assim, eles tendem a ter um mouse e teclado adicionais próprios.
Smartphone: Em um dispositivo móvel, os usuários não têm um mouse ou um teclado físico disponível. Para digitar ou selecionar elementos, os usuários de dispositivos móveis precisam usar suas telas touch.
Atenção: Caso seus usuários precisem digitar qualquer coisa, como durante o processo de login, disponibilize um teclado. Ajude seus usuários e torne a entrada de informações mais confortável, oferecendo-lhes teclados diferentes, dependendo do que deve ser inserido.
Por exemplo, se as informações solicitadas forem um número de telefone ou um código postal, um teclado normal não servirá; ofereça um teclado numérico.
O tamanho dos ícones de ação também é importante. Se os ícones de ação estiverem muito próximos uns dos outros, a chance de erro é alta. Certifique-se de que os botões sejam grandes o suficiente para serem tocados com um dedo.
Usar dispositivos móveis é muito mais do que apenas tocar em botões; existem outros gestos que os usuários podem realizar. Os mais comuns são rolagem, deslizamento, puxar para baixo e toques (toques longos, curtos ou duplos). Puxar para baixo, por exemplo, é um gesto comum para atualizar uma página.
Ao analisar os gestos do usuário, como toques, deslizamentos e rolagens, você pode compreender mais profundamente como os usuários navegam em seu aplicativo móvel e identificar áreas para melhoria. A UXCam é uma ferramenta de análise de aplicativos móveis que permite rastrear gestos do usuário em tempo real, fornecendo informações valiosas sobre como esses usuários interagem com seu aplicativo.
Por exemplo, você pode descobrir que certos botões ou links são difíceis para os usuários tocarem com precisão, ou que certas telas estão fazendo com que os usuários fiquem frustrados ou confusos. Com essas informações, você pode fazer alterações na interface e no design do aplicativo para melhorar a experiência do usuário de forma completa. No geral, o rastreamento de gestos com a UXCam pode ajudá-lo a otimizar a experiência do usuário do seu aplicativo e garantir que ela seja a mais intuitiva e agradável possível para seus usuários.
Desktop: Os usuários costumam usar desktops para tarefas mais sérias e importantes, como trabalhar no escritório ou fazer compras.
Smartphone: os telefones celulares oferecem mais personalização do que os desktops. É por isso que eles são usados em todos os lugares; no restaurante, em casa, no banheiro, em qualquer lugar. Você até poderia instalar um PC desktop em seu banheiro ou levá-lo com você no metrô para ler as notícias, mas a maioria dos usuários prefere o smartphone para esse tipo de situação.
Atenção: Sabendo que os usuários irão acessar seu aplicativo em qualquer lugar, é importante que ele seja fácil de usar ao ar livre. Projete seu aplicativo com cores de alto contraste para garantir que seus usuários consigam ler tudo, mesmo que o sol esteja refletindo na tela.
Às vezes, os usuários não confiam em aplicativos móveis. Eles podem ficar em dúvida se devem ou não ceder seus dados privados para um aplicativo móvel. Para não sobrecarregar seus usuários, pergunte apenas o que é realmente essencial para o uso do seu aplicativo. Minimize a necessidade de entrada de informações para garantir um design móvel perfeito.
Isso não significa que é aceitável adicionar perguntas desnecessárias a um aplicativo de desktop. Mesmo em desktops, os usuários vão embora se sentem que você está pedindo informação demais.
Desktop: Os usuários às vezes abrem vários aplicativos e sites simultaneamente. Por exemplo, seu aplicativo e uma calculadora podem ser abertos ao mesmo tempo lado a lado na tela.
Smartphone: Os smartphones mais recentes também suportam telas divididas, mas ainda não é um recurso comumente usado, pelo menos não tanto quanto em um desktop.
É importante considerar que a maioria dos seus usuários provavelmente não têm smartphones com a função de tela dividida. Caso eles precisem comparar as taxas de câmbio ou verificar a localização de uma cidade para usar seu aplicativo e você não ofereça essa funcionalidade, é provável que eles saiam do seu aplicativo para abrir uma calculadora ou o Google Maps.
O problema é que com isso vem a tentação de fechar completamente o aplicativo, seja de forma consciente ou não. Às vezes, os usuários esquecem que estavam em um aplicativo diferente porque se distraem com outro. Outras vezes, eles ficam irritados com aplicativos que não vêm com tudo o que precisam para usá-los corretamente.
Tente manter os usuários em seu aplicativo, oferecendo-lhes tudo o que eles precisam. Além disso, não leve os usuários a um navegador para concluir ações como registro ou login.
Os símbolos são relevantes tanto para desktop quanto para dispositivos móveis. Quando os usuários acessam aplicativos diferentes, eles aprendem o significado de símbolos e ícones comuns.
Certifique-se de usar símbolos típicos como eles são normalmente usados. O uso inesperado de símbolos confunde os usuários e eles podem não querer continuar usando seu aplicativo.
Se você quer disponibilizar seu aplicativo tanto para dispositivos móveis, quanto para desktop, você deve buscar desenvolver um design consistente.
Isso significa que seu design deve ser reconhecível independentemente de seus usuários optarem pelo aplicativo para celular ou desktop. Os recursos também devem ser semelhantes, se não os mesmos, e seus usuários devem sentir que ambos os aplicativos atuam como um só.
App UX engloba a experiência dos usuários antes, durante e depois de usar um aplicativo móvel.
A experiência do usuário está presente na vida dos seres humanos desde a invenção do primeiro produto. Mas o inventor ofical do termo “Experiência do Usuário” é Donald Norman. Donald Norman trabalhava na Apple e, juntamente com Jakob Nielsen, fundou o Nielsen Norman Group que é uma referência quando se fala em UX até hoje.
A pesquisa de UX requer a observação do comportamento do usuário. Use ferramentas como UXCam ou Applause para fazer isso.
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AUTOR
Growth Marketing
Especialista em Marketing Digital, com experiência em geração de demanda orgânica. Também trabalhou como Product Manager em diferentes projetos ligados a growth.
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